Fundamentos em Java

April 20, 2017

O que é Java?

A primeira coisa que precisamos entender é exatamente o que é Java. Quando alguém fala Java, do que eles estão falando?

Bom, Java é uma Linguagem de Programação.. mas também, Java é um Ambiente de Execução. No lado da linguagem de programação temos coisas como sintaxe, tipos de dados, controle de fluxo (como loops e condições), orientação a objetos (herança e tal). Já do lado do ambiente de execução, temos coisas como configuração, segurança, threading, input/output, coisas assim. Então quando alguém diz Java, eles podem estar se referindo a linguagem de programação ou o ambiente de execução ou os dois.

Geralmente, quando alguem fala de Java no contexto de ambiente de execução, eles estão se referindo ao Java SE ou Java Standard Edition (ambiente básico de Java), mas existem outros ambientes que se derivaram deste, como o Java EE (Java Enterprise Edition), Java ME (Java Micro Edition) e o JavaFX{:target=”blank”}, todos eles sendo super conjuntos ou sub conjuntos da versão standard (padrão). Java é tão flexível que existem ambientes de execução que não são amarrados ao Java produzido pela Oracle{:target=”blank”}, o exemplo mais conhecido é o Android{:target=“_blank”}, o Android produz produz um ambiente de execução bem diferente que a versão Standard da Oracle. A coisa é que todos esses ambientes suportam efetivamente a mesma linguagem de programação, Java!.

JRE vs JDK

JRE e JDK são dois termos que as pessoas se referem com frequência no mundo Java; esses termos são duas partes que precisamos para rodar e criar aplicações Java. JRE (Java Runtime Environment) é o ambiente de execução Java enquanto JDK (Java Development Kit) é o kit de desenvolvimento Java.

Java Runtime Environment (JRE)

  • Necessário para executar aplicações Java
  • Usuários finais normalmente só precisam do JRE

Java Development Kit (JDK)

  • Disponibiliza as ferramentas que precisamos para criar aplicativos Java
  • Geralmente desenvolvedores instalam a JDK em suas máquinas
  • A instalação da JDK já incluí a JRE

De acordo com a documentação Java versão 8 SE, a JDK 8 é um superset (super conjunto) da JRE 8, a JDK contém tudo que existe dentro da JRE 8 mais compiladores e debuggers (debugadores existe no PT-BR? =D) necessarios para desenvolver applets e aplicações! Opera, perai, o que são Applets? Apples são pequenos programas que são feitos para serem embutidos ou embarcados dentro de aplicações. Em Java, a classe Applet deve ser uma superclasse de qualquer applet que deve ser embarcada em uma página web ou vista por um Java Applet Viewer (é um programa autônomo de linha de comando feito pela Sun para rodar os Java Applets, o Applet Viewer é geralmente usado por desenvolvedores para testar suas applets antes de realizarem o deploy delas para um website). A classe Applet fornece uma interface padrão entre os applets e seu ambiente.

Aqui{:target=“_blank”} voce vai encontrar o diagrama conceitual de tudo isso e muito mais (todos os componentes menores que pertencem a JDK e a JRE).

Criando e Executando aplicações Java

Então como tudo isso funciona? Se nós sentarmos e digitarmos um arquivo fonte de Java com o código de um programa que fizemos e queremos executar esse arquivo fonte em algum ambiente hospedeiro (pode ser o browser, windows, linux, android ou mac), como podemos fazer isso? Como podemos, partindo daquele código fonte que digitamos, chegar em algo que pode ser executado em outro computador? Isso é onde o Kit de Desenvolvimento Java (JDK) vem para nos ajudar. Usando a JDK, nós inferimos o código e então, a JDK vai produzir nossa aplicação Java.

Mas Java não é uma linguagem de baixo nível igual C. Na linguagem C, quando compilamos algum programa, é produzido uma aplicação que pode ser executada diretamente no computador hospedeiro, diferentemente de Java, onde é utilizada uma abstração chamada bytecode que é independente de plataforma. Isso nos permite a não ficar tão amarrado a um ambiente hospedeiro específico e sim disponível para executar em ambientes diferentes, e é ai que entra o Ambiente de Execução Java (JRE), nos fornecendo o que precisamos para executar em qualquer ambiente hospedeiro (por isso que usuários finais instalam o JRE, porque eles apenas precisam executar aquela aplicação enquanto os desenvolvedores precisam da JDK para produzir aquela aplicação).

Pacotes

Pacotes é um conceito bem importante em Java, vamos cobrir algumas coisas básicas porém importântes sobre pacotes.

Se você observar alguns códigos Java por ai, vai ver que no topo do arquivo do código fonte, tem a palavra package declarada com algum nome em seguida. E o que isso faz, quando adicionamos o conceito de pacotes?

package com.fundamentosemjava.exemplo;

public class Main {
  public static void main(Strings[] args) {

  }
}

Isso nos provê de organização dentro de uma aplicação Java. Existem muitos aspectos em torno desse conceito mais vamos cobrir só o basico para entendermos melhor. Uma coisa é que esses pacotes seguem uma convenção em sua nomenclatura e de fato afeta nossa estrutura de código fonte.

Em torno da convenção de como um pacote deve ser nomeado, uma regra simples é tudo minusculo, com nome de domínio reverso para assegurar unicidade global. Exemplo: tenho um domínio https://igoroctaviano.com.br, meu nome de pacote junto a declaração será br.com.igoroctaviano, isso é apenas uma convenção pra não acontecer colisão de nomes. E ainda mais, nessa regra simples, vamos adicionar ainda mais qualificadores para garantir que o nome do pacote será único dentro de um grupo ou organização. COmo por exemplo: dentro da minha empresa posso ter um projeto chamado blog então a declaração junto ao nome do meu pacote vai ficar package br.com.igoroctaviano.blog;.

Essa é a convenção mais simples que tem, mas se você tem uma organização grande, provavelmente isso não será suficiente. No caso de vários grupos de desenvolvedores, você pode adicionar a categoria dentro do nome do pacote: package br.com.igoroctavaiano.contabilidade; para todos os desenvolvedores do grupo de contabilidade. Neste caso, podemos criar projetos com o mesmo nome, não vai causar colisões devido ao grupo especificado, garantindo unicidade. São apenas convenções, nada está forçando ninguem a fazer nada aqui.

Membros se tornam parte do pacote

Neste caso, temos uma classe chamada Main, mas uma vez que colocamos essa classe dentro de um pacote, a classe já não é mais conhecida como Main, mas sim, como com.fundamentosemjava.Main. Agora ela tem um nome único, devido as nossas convenções.

package com.fundamentosemjava.Main;

public class Main {
  public static void main(Strings[] args) {

  }
}

Nomes de pacotes e estrutura dos arquivos fonte

Nomes de pacotes afetam a estrutura dos arquivos fonte. O que é interessante, Java por sí, não exige correlação entre nome de pacotes e a estrutura de código fonte, Java não quer saber como você nomeou seus pacotes. Porém! a maioria dos Ambientes Integrados de Desenvolvimento Java (IDEs) exigem uma sub pasta para cada parte do nome do pacote. A maoria das ferramentas que você vai utilizar para programar Java vai te exigir isso.

package com.fundamentosemjava.Main;

Vai mapear para a seguinte estrutura de arquivos fonte:

src |—com |—fundamentosemjava |—Main.java

Execução de aplicações fora das IDEs

Podemos executar programas pela linha de comando com o comando java no nosso terminal. Você pode fazer isso, caminhando até a pasta onde está a classe candidata a execução e utilizar o comando java logo em seguida o nome da classe. Não se esqueça de colocar o nome completo da classe incluindo o nome do pacote em que ela pertence. Quando em ambiente Windows, você precisa incluir o diretorio bin da JRE nas variaveis de ambiente.

Statements (afirmações)!

Em Java, programas são feitos de afirmações (algum código, como o exemplo do hello world) e essas afirmações possuem ou não declarações. Em Java, as afirmações terminam com ponto e virgula no final, coisa de sintaxe. Pra alguns conhecedores de outras linguagens que não exigem podem achar meio chato, mas é necessário no mundo Java.

Collections

Vamos cobrir todas as coisas, o background, as caracteristicas comuns que as classes Colections tem. Primeiramente vamos cobrir Coleçes de Coleções, em outras palavras, quais os tipos de coleções que temos, porque existem diferentes tipos.. coisas assim. Logo depois vamos falar brevemente sobre a distinção entre Interface e Implementação, mas não é sobre os termos genéricos de programação orientada a objetos e sim, mais especificadamente, o como olhamos as coleções. Vamos reconhecer que uma Interface define o comportamento de uma determinada coleção e que há uma ou mais implementaçes daquela Interface e que cada uma dessas implementações possuem diferentes caracteristicas quanto a performance.

Coleções de Coleções

Todas as interfaces das coleçes dentro da API Java extende de uma interface comum chamada java.util.Collection e na interface propriamente dita, existem alguns comportamentos comuns ou métodos comuns no qual quem os extende, os implementam. O primeiro tipo de Collection que vamos encontrar é o tipo List (Lista), provavelmente o mais utilizado ou comum em Java, possuem ordem, indexação e uma série de implementaçes na biblioteca núcleo. O próximo tipo geral é o Set (Conjunto) e seu irmão mais próximo Sorted Set (o mesmo que set porém seus elementos são ordenados) que são um tipo de coleção que contém elementos distintos. Outros dois tipos relacionados são Queue e Deque (Fila), são tipos que possuem ordem, não só ordem de índice mas ordem de entrada e saida de elementos também do tipo FIFO (primeiro a entrar é o primeiro a sair) no caso da Queue pois o Deque (Fila dupla) se comporta tanto primeiro a entrar é o primeiro a sair como o primeiro a entrar é o ultimo a sair (dai podemos deduzir que isso é o comportamento da estrutura de dados pilha, se você precisa de alguma estrutura que se comporte como uma pilha, Deque é o que você precisa). Finalmente temos tipos baseado em chaves, sendo eles o Map e o Sorted Map (igual o Map porém temos uma ordem definida), são interfaces que defidem coleções que possuem chaves (únicas) e valores (associados a uma chave).

Interfaces e Implementaçes

É bem crítico para entender o design geral da API Collections, é a dessegregação entre uma interface e sua implementação. Uma interface pode ter várias implementações, várias estruturas de dados, elas defidem as caracteristicas funcionas, o comportamento (se uma coleção é acessada de forma indexada ou por meio da ordem). Interfaces geralmente tem implementações bem populares, muitas vezes você vai ver a interface List sendo usada e frequentemente a implementação ArrayList sendo usada. Já a implementação, cada uma é uma estrutura de dado diferente, como exemplo, a interface List possúi tanto a implementação ArrayList como a de LinkedList na biblioteca padrão e isso quer dizer que você pode trocar fácilmente entre diferentes implementações. Mas porque você iria querer coisa do tipo? devido as diferenças de performance, adicionar um elemento em uma LinkedList é mais performático que em um ArrayList devido ao fato que a LinkedList não tem que se expandir para adicionar um elemento como também você pode acessar algum ponto na coleção mais rapidamente com o ArrayList do que em uma LinkedList que é uma lista encadeada.

Bonus

String, StringBuffer e StringBuilder

  • Você deve usar String quando uma estrutura imutável é apropriada; obtendo uma nova sequência de caracteres de uma String talvez possa tomar um baque de performance não apropriado, tanto em tempo de CPU quanto de memória (obtendo substrings é eficiente em termos de CPU porque dados não são copiados, mas isso significa um potencial grande em termos de quantidade de dados em que talvez continuem alocados).
  • Você deve usar StringBuilder quando você precisa criar uma sequência de caracteres mutáveis, usualmente concatenando uma série de caracteres em sequência, juntos.
  • Você deve usar StringBuffer nas mesmas circunstâncias que você utilizaria StringBuilder, porém quando mudanças na string devem ser síncronas (porque vários threads estão lendo/modificando o buffer de string).

Diferença de Mutabilidade

String é imutável, se você quer alterar seus valores, outro objeto é criado enquanto StringBuffer e StringBuilder são mutáveis, então eles podem ter seus valores alterados.

Diferença em Thread-Safety

A diferença entre StringBuffer e StringBuilder é que StringBuffer é thread-safe. Então quando a aplicação precisa rodar em apenas um thread, é melhor usar StringBuilder. StringBuilder é mais eficiente que o *StringBuffer.

Situações

  • Se sua string não vai mudar, utilize a classe String porque objetos String são imutáveis.
  • Se sua string vai mudar (por exemplo: muitas operações e lógica na construção da string) e vai ser acessado apartir de um único thread, usar StringBuilder é bom o suficiente.
  • Se sua string vai mudar e vai ser acessada por vários threads, utilize StringBuffer porque StringBuffer é síncrono, sendo assim, você vai ter thead-safety.

Detalhes

Vale notar que StringBuilder/Buffers não são pura magia, eles apenas utilizam um Array como um objeto de apoio e que esse Array tem que ser realocado sempre quando se torna cheio. Tenha certeza e crie o seu objeto StringBuilder/Buffer grande o suficiente para que eles não tenham que estar constantemente sendo modificados de tamanho (isso é custoso) toda vez que o método .append() é chamado.

A modificação do tamanho pode se tornar bem degenerativa. Basicamente modifica o tamanho desse Array the apoio para duas vezes o seu tamanho atual, toda vez que é necessário a expansão. Isso pode resultar em uma quantidade absurda de memoria RAM sendo alocada e não utilizada quando StringBuilder/Buffer começam a crescer demais.

Em Java String x = “A” + “B”; O que ocorre é que um *StringBuilder é utlizado, escondido. Então, para casos simples assim, não há necessidade de declarar seu próprio StringBuilder. Mas… se você estiver construindo objetos String grandes (menos que 4k), declarar StringBuilder sb = StringBuilder(4096); é muito mais eficiente que concatenação ou usar o construtor padrão no qual é apenas 16 caracteres. Se sua String vai ser menor que 10k então inicialize-a com o construtor em 10k para garantir segurança. Mas se for igual a 10k, melhor escrever um caracter a mais que 10k, causando realocação e copia para um Array de tamanho 20k. De certa forma, inicializar com mais é melhor que com menos.

No caso de auto modificação de tamanho, no décimo sétimo caracter (construtor padrão são apenas 16 caracteres), o Array de apoio vai ser realocado e copiado para 32 caracteres e no trigésimo terceiro isso vai ocorrer denovo e você vai ter uma realocação e copia para 64 caracteres. Você pode ver como isso degenera para várias realocações e cópias no qual você precisa evitar utilizando StringBuilder/Buffer no inicio.

Esse é o código fonte retirado da JDK 6 para AbstractStringBuilder

void expandCapacity(int minimumCapacity) {
    int newCapacity = (value.length + 1) * 2;
    if (newCapacity < 0) {
        newCapacity = Integer.MAX_VALUE;
    } else if (minimumCapacity > newCapacity) {
        newCapacity = minimumCapacity;
    }
    value = Arrays.copyOf(value, newCapacity);
}

A boa prática é inicializar o StringBuilder/Buffer um pouco maior do que você pensa que vai precisar, isso se você não tem uma ideia na hora, do tão grande a String vai ser. Uma alocação com um pouco mais de memória do que você precisa vai ser melhor que várias realocações e cópias.

Também tome cuidade de inicializar um StringBuilder/Buffer com uma String, porque vai acontecer de ser alocado o tamanho da String + 16 caracteres, no qual na maioria dos casos, vai apenas fazer com que o ciclo de realocação e cópia seja degenerado, coisa que você quer evitar.

Esse código é foi diretamente tirado como exemplo do código fonte do Java 6

public StringBuilder(String str) {
    super(str.length() + 16);
    append(str);
}

Se porque alguma razão, você acabar ficando com uma instância de StringBuilder/Buffer que você não criou e não pode controlar o construtor que é chamado, tem uma forma de evitar comportamentos degenerados com realocações e cópias. Chame o método .ensureCapacity() com o tamanho que você quer para assegurar que sua String resultante caiba.

As alternativas

Só pra constar, se você está fazendo bastante manipulação e construção de String, tem muitas outras melhores alternativas em questão de performance. Por exemplo, se você pode criar uma implementação de StringList herdando ArrayList e adicionando contadores para rastrear o numero de caracteres em cada .append() e outras operações de mutação da lista, e então fazer um override (sobrescrita) do método .toString() para criar um StringBuilder do mesmo tamanho que você precisa e fazer um loop pela lista, construindo a saída, você pode até mesmo fazer o StringBuilder uma instância e ‘cachiar’ os resultados do .toString() e apenas ter que regenerar ela quando mudanças ocorrerem.

Não se esqueça sobre String.format() quando construindo saídas fixas e formatadas, no qual pode ser otimizado pelo compilador assim que eles o fazem cada vez melhor.

More here.

Questões de Entrevista

Básico

Qual a diferença entre JDK e JRE?

Bom, JDK significa Java Development Kit. O JDK contém as ferramentas e bibliotécas para o desenvolvimento de aplicações Java. Ele também contém compiladores de ferramentas de debug necessários para compilar um programa Java. Porém JRE significa Java Runtime Environment. E este é incluso na JDK. O JRE provê bibliotécas e a maquina virtual Java (JVM) que é necessária para rodar um programa Java.

O que é a JVM?

A Java Virtual Machine ou Máquina Virtual Java, é uma máquina abstrata que executa bytecode Java. Existe uma JVM diferente para cada hardware ou software diferente. Dessa forma, a JVM depende de plataforma. Ela é responsável por carregar, verificar e executar bytecode Java em uma plataforma.

Quais os diferentes tipos de áreas de memória alocadas pela JVM?

Em Java a JVM aloca memória para diferentes processos, métodos e objetos. Algumas áreas alocadas pela JVM são:

  • ClassLoader: Componente da JVM usado para carregar os arquivos de classes.
  • Class (Method) Area: Armazena estruturas por classe como a Runtime Constant Pool (pool de tempo de execução constante), dados dos campos e métodos e código dos métodos.
  • Heap: A Heap é criada em tempo de execução e contém a área de dados de tempo de execução no qual objetos são alocados.
  • Stack: A Stack guarda variáveis locais e resultados parciais em tempo de execução. Ela também ajuda no invocamento de métodos e o retorno de valor. Cada thread cria uma Stack da JVM no tempo de criação da thread.
  • Program Counter Register: Essa área de memória contém o endereço da instrução da JVM que está sendo executada.
  • Native Method Stack: Essa área é reservada para todos os métodos nativos usados na aplicação.

O que é compilador JIT?

Just In Time Compiler também conhecido como JIT compiler (compilador que funciona apenas na hora certa) é utilizado para a melhora de performance em Java. É ativado por padrão. Sua compilação é feita em tempo de execução. Java popularizou a utilização do JIT incluindo-o na JVM.

Como a plataforma Java se difere de outras plataformas?

Java é uma linguagem independente de plataforma. O compilador Java compila código Java em bytecode que pode ser interpretado pela JVM. Existem JVMs escritas para quase todas as mais conhecidas plataformas. O bytecode Java pode rodar em qualquer plataforma suportadada na mesma forma, enquanto que outras linguagens requerem bibliotécas compiladas para rodar em uma plataforma específica.

Porque pessoas falam que Java é uma linguagem que você ‘escreve uma vez e roda em qualquer lugar’?

Você pode escrever código Java, compilar e rodar no Windows. Os arquivos jar e class que você vai pegar da plataforma Windows pode rodar como se fosse em um ambiente Unix. Dessa meneira, é dita ser uma linguagem totalmente independente de plataforma. Por trás de toda essa portabilidade está o Java bytecode. Bytecode gerado pelo compilador Java pode ser interpretado por qualquer JVM. Dessa maneira, fica fácil escrever programas em Java e esperar que eles também rodem em qualquer plataforma. O compilador Java javac compila código Java e a JVM roda esse código.

Como o ClassLoader funciona em Java?

Em Java, ClassLoader é a classe que é utilizada para carregar arquivos na JVM. ClassLoader carrega arquivos de seus locais físicos (Filesystem, Network, etc). Existem três tipos principais de ClassLoader em Java:

  • Bootstrap ClassLoader: Esse é o primiro ClassLoader. Ele carrega classes partindo dos arquivos rt.kar.
  • Extension ClassLoader: Carrega arquivos de classe do local jre/lib/ext.
  • Application ClassLoader: Esse ClassLoader depende do CLASSPATH para encontrar a localização dos arquivos de classe. Se você especificar o CLASSPATH, então esse ClassLoader vai carrega-los pra você.

Você acha que main (utilizado para o método main) seja uma keyword em Java?

Não, main é apenas o nome do método. Pode ocorrer de ter vários métodos com o nome main em um arquivo de classe.

Podemos escrever o método main como public void static ao contrário de public static void?

Não, você não pode escrever dessa forma. Qualquer método tem que especificar primeiro os modificadores e depois o valor de retorno. Você pode escrever static public void main() ao contrário de public static void main().

Em Java, se você não especificar qualquer valor para variaveis locais, qual será o valor padrão dessas variaveis locais?

Java não inicializa variaveis locais com algum valor padrão. Então essas variaveis vão ser nulas null por padrão.

Vamos dizer que executamos uma classe Java sem passar nenhum argumento. Qual o valor do array de String no método Main?

No método main, quando não temos nenhum argumento no array, ele é vazio, porém ele não é nulo.

Qual a diferença entre os tipos de dados byte e char em Java?

Ambos são tipos de dados numéricos em Java. Eles são utilizados para representar numeros em uma capacidade específica. A maior diferença entre esses tipos é que byte pode guardar um dado binário cru enquanto que char apenas guarda ou armazena caracteres ou texto. O uso de char é, por exemplo, char ch = ‘x’;. O byte pode possuir valores entre -128 e 127, e é feito de 8 bits. O char é feito de 16 bits, sendo equivalente a 2 bytes.

Programação Orientada a Objetos

Quais são os princípios mais importântes de Programação Orientada a Objetos?

  • Abstração
  • Encapsulamento
  • Herança
  • Polimorfísmo

Qual a diferença entre uma Linguagem de Programação Orientada a Objetos e uma Linguagem de Programação Baseada em Objetos?

Linguagens de Programação Orientadas a Objetos como Java e C++ seguem conceitos de Programação Orientação a Objetos como Encapsulamento, Abstração, Polimorfísmo e Herança, etc. Já Linguagens de Programação Baseada em Objetos seguem recursos de Programação Orientada a Objetos, mas…, elas não dão suporte para Polimorfísmo e Herança. Exemplo: JavaScript, VBScript etc. Linguagens de Programação Baseadas em Objetos dão suporte para Objetos e você pode construir objetos por um construtor. Essas linguagens também suportam Encapsulamento. Também são conhecidas como Prototype-Oriented Languages ou Linguagens Orientadas a Protótipo.

Em Java, qual é o valor padrão de uma referência de objeto definido como uma instância de um Object?

Todas instâncias de variáveis de objetos (Object) em Java são null por padrão.

Por que precisamos de construtor em Java?

Java é uma Linguagem Orientada a Objetos no qual podemos criar e usar objetos. O construtor é uma parte do código similar a um método. É utilizado para criar um objeto e adicionar o seu valor inicial. O construtor é uma função especial que tem o mesmo nome da classe. Sem o construtor, não há outra maneira de criar um objeto. Por padrão, Java provê um construtor padrão para cada objeto. Se nós sobrecarregarmos um construtor, temos que implementar o construtor default ou construtor padrão.

Porque precisamos de Construtor Padrão em Java?

Construtor Default ou Construtor Padrão é o construtor sem nenhum argumento que automaticamente é gerado pelo Java, se não tem outro construtor definido. Na especificação Java diz que vai existir um construtor padrão se não houver nenhum construtor sobrecarregado em uma classe. Mas não é dito nada sobre o cenário onde escrevemos um construtor sobrecarregado em uma classe. Nós precisamos de no minimo um construtor para criar um objeto, é por isso que Java vai criar o construtor por padrão. Quando temos construtor sobrecarregado, então Java vai assumir que nós queremos algum tratamento customizado em nosso código. Dai não é definido um construtor padrão. Mas dessa forma é necessário especificar o construtor padrão, se não fizermos isso, vai ocorrer um erro.

Qual é o valor retornado pelo construtor Java?

Quando chamamos um construtor em Java, ele retorna o objeto criado por ele. É assim que criamos objetos em Java.

Podemos herdar de um construtor?

Não, Java não suporta herança de construtores.

Porque construtores não podem ser final, static ou abstract em Java?

Se nós definir-mos um método como final, isso significa que nós não queremos que nenhuma outra classe o sobreescreva. Mas o construtor (como é dito na especificação Java) não pode ser sobrescrito. Dessa forma não há razão para defini-lo como final.

Se nós definir-mos um método como abstract, isso significa que esse método não tem corpo algum e o mesmo deve ser implamentado em classes filhas. Mas o construtor é chamado implicitamente quando a palavra-chave new é usada. Dessa meneira, o construtor precisa de corpo.

Finalmente, se definir-mos um método como static, isso significa que esse método pertence a essa classe e não a um objeto particular (instância). O construtor é chamado toda vez para inicializar um objeto. Dessa forma, não existe necessidade de fazer um construtor static.

Herança

Qual o propósito da palavra-chave this em Java?

Em Java, a palavra-chave this se refere a atual instância do objeto. É útil para diferenciar entre variaveis de instância das variaveis locais. Também pode ser utilizado para chamar construtores. Ou pode ser utilizado para se referir a atual instância.

Explique o conceito de Herança

Heraça é um conceito importante em Programação Orientada a Objetos. Alguns objetos compartilham certas caracteristicas e comportamento. Usando herança, nós podemos colocar o comportamento ou caracteristica que é comum em uma classe base ou mãe, também conhecida como super classe. Todos os objetos com comportamento parecido podem herdar dessa classe base. Também podemos representar herança como uma relação é um. Herança promove reuso de código, Sobrescrita de Método e Polimorfísmo.

Qual classe em Java é super classe (mãe) de todas as outras?

Java é uma Linguagem Orientada a Objetos. Dessa forma, a classe Object é a super classe de todas as outras classes.

Por que Java não suporta Herança Múltipla?

Herança Múltipla significa que uma classe pode herdar comportamento ou caracteristica de uma ou mais classes. O problema de fazer isso é que classes base podem ter diferentes implementações do mesmo método (assinatura). Dessa forma, eles possuem diferentes maneiras de fazer a mesma coisa. Dai vem a pergunta.. Qual implementação a classe filha deve escolher? Isso nos leva a ambiguidade. Existe uma razão principal na qual faz com que Java não dê suporte para implementar Herança Múltipla. Vamos considerar que você possui uma classe TV e outra classe BombaAtomica. As duas classes possuem o método switchOn() mas apenas a TV tem o método switchOff(). Se sua classe herda as duas classes você vai ter o problema de que você pode ligar as duas, porém switchOff vai desligar apenas a TV.

Mas em Java podemos implementar múltiplas interfaces.

Em Programação Orientada a Objetos, o que significa Composição?

Composição, também conhecido como uma relação tem um, é quando uma classe segura uma instância de outra.

Como Agregação e Composição se diferem?

Agregação e Composição são tipos de associação (relacionamentos). Composição é uma relação forte. Se um objeto composto é destruído, todas as suas partes também são destruídas. Exemplo: Um Carro possui uma Roda. Se o objeto Carro é destruído, então não faz sentido a Roda ficar ali, então é destruída. Já em Agregação, a relação é mais fraca. Exemplo: Uma bibliotéca possui estudantes, se ela é destruída os estudantes vão continuar existindo. Porém se fosse composição, os livros que fazem partes dela seriam destruídos junto.

Por que não há ponteiros em Java?

Em Java existem referências ao invés de ponteiros. Essas referências apontam para objetos na memória. Mas… não há acesso direto para localizações na memória. A JVM está livre para mover objetos dentro da máquina virtual. A ausência de ponteiros ajuda Java a gerênciar memória como também o Garbage Collector (coletor de lixo) de forma efetiva. Também provê para os desenvolvedores a conveniência de não se importarem sobre alocação e desalocação de memória.

Se não há ponteiros em Java, porque recebemos NullPointerException então?

Em Java, o equivalente do Ponteiro é a Referencia de Objeto. Quando nos utilizamos o . (ponto), esse ponto aponta para a referência do objeto. Então a JVM utiliza ponteiros mas programadores apenas veem referências de objetos. No caso de uma referência de um objeto apontar para um objeto null (núlo) e assim tentarmos acessar um método ou uma variavel dentro, vamos receber um baita NullPointerException.

Qual o propósito da palavra-chave super em Java?

A palavra-chave super é utilizada em métodos ou no construtor de uma classe herdeira ou classe filha. super se refere a classe parente imediata de um objeto. Usando super nos podemos chamar métodos da classe superior dentro de um método na própria classe filha. Nós podemos também chamar o construtor de uma classe base ou parente apartir do construtor de uma classe filha pela palavra-chave super.

É possivel usar ambos this() e super() no mesmo construtor?

Não, Java não permite utilizar ambos no mesmo construtor. Como consta na especificação Java, super() ou this() devem estar no início do corpo de um construtor. Existem motivos nos quais Java proibe este uso, se caso sua classe tivesse sobrecarga de construtores, poderia ocorrar várias chamadas de construtores indevidas.

Qual o significado de Clonagem de Objetos (Object Cloning) em Java?

O método Object.clone() é usado para criar uma cópia exata de um objeto em Java. Como um construtor, cria e retorna uma cópia de um objeto, porém com os dados ou valores exatamente iguais ao objeto clonado. Uma desvantagem da clonagem é que o tipo de retorno é Object. É necessário fazer o cast (moldagem) explicitamente para o tipo verdadeiro.

Estático

Em Java, porque usamos variaveis static?

Quando queremos uma propriedade comum para todos os objetos de uma classe, nós fazemos o uso de uma variavel de nível de classe, chamada de variavel estática. Essa variavel é carregada em memória apenas uma vez no tempo de carregamento da classe. Dessa meneira é salvo um bocado de memória, desde que não é definida por objeto e sim por classe.

Porque não é uma boa prática criar variáveis estáticas (static) em Java?

Variaveis estáticas em Java são comuns para todos os objetos de uma classe. Se um novo objeto é criado, não há necessidade de testar o valor de uma variavel estática. Qualquer código que usa variavel estática pode estar em qualquer estado. Pode estar dentro de um novo objeto ou no nível de classe. O escopo de variavel estática é aberto em uma classe Java. Se queremos um controle maior de escopo, então variaveis devem ser criadas no nível de criação de objeto e não de classe. Também, definir variaveis estáticas não é boa prática porque elas podem ir contra os princípios de Programação Orientada a Objetos.

Qual o propósito de métodos estáticos (static) em Java?

Java nos possibilita o recurso de métodos estáticos para criar comportamento em nível de classe. O método estático é commum para todos os objetos de uma classe. Não precisamos criar nenhum objeto de uma classe para chamar um método estático. Isso nos dá um pouco de conveniência, pelo fato de não termos que criar um objeto para chamar este método. Também, métodos estáticos podem acessar e modificar membros estáticos. Isso também ajuda manter comportamento, como também, estado no nível de classe.

Porque marcamos o método main como estático (static) em Java?

O método main em Java é marcado como static, dessa forma a JVM pode chamar esse método para iniciar o programa. Se o método main não fosse estático, então qual construtor seria chamado pelo processo Java? É uma convenção marcar o método main como static em Java. Mas se nós removermos o static, então ocorreria ambiguidade. O processo Java talvez não conseguiria saber qual método de uma classe ele poderia chamar para executar o programa. Essa convenção ajuda o processo Java a identificar o código que da início ao programa em uma classe que é passada como argumento para o processo Java.

Em qual cenário nos utilizamos um Bloco Estático?

Algumas vezes, quando se tem uma classe que tem membros estáticos. Essas variaveis ou membros estáticos precisam de uma inicialização complicada. Nesse sentido, blocos estáticos ajudam como uma ferramenta para inicializar membros estáticos complexos. O bloco estático é executado antes da execução do main. Algumas vezes, nós podemos substituir o bloco estático com um método estático de uma classe.

É possível executar um programa sem definir um método main?

Não é possivel apartir do Java 7. Você precisa de um método main() para executar o programa. Em versões anteriores existia um jeito de contornar essa situação utilizando blocos estáticos para execução. Mas agora essa brecha foi fechada.

O que acontece quando o modificador static não é mencionado na assinatura do método main?

Como diz a especificação Java, o método main tem que ser marcado como static. Esse método só precisa de um arguento que é o array de Strings. Um programa pode compilar com um método não estático. Mas na execução vai acontecer o erro NoSuchMethodError.

Qual a diferença entre um Método Estático static e um Método de Instância?

Frequentemente há a necessidade de definir um comportamento para uma classe que não é dependente de variáveis de um objeto. Tal comportamento é capturado em um método estático. Se aquele comportamento depende de variaveis de um objeto, então nós não vamos marcar como static, então o comportamento permanecera apenas um método de instância. Para chamar um método estático, nós não precisamos criar um objeto. Mas pra chamar método de instância, sim.

Sobrecarga de método e Sobrescrita

Qual é o outro nome de Sobrecarga de Método?

Sobrecarga de Método também é conhecida como Polimorfísmo Estático.

Como você vai implementar sobrecarga de método em Java?

Em Java, uma classe pode ter multiplos métodos com o mesmo nome porém com diferentes argumentos. Isso é chamado de Sobrecarga de Método. Para implementar sobrecarga de método você tem que criar dois métodos com o mesmo nome em uma mesma classe, no qual deve ter um ou mais das seguintes caracteristicas:

  1. Diferentes quantidades de parâmetros
  2. Tipos diferentes de parâmetros
  3. Sequência diferentes de tipos de parâmetros

Quais tipos de variações de argumentos são permitidos em Sobregarga de Método?

Sobrecarga de Método permite dois métodos com o mesmo nome se diferenciarem em:

  1. Número de parâmetros
  2. Tipos dos parâmetros
  3. Sequência dos tipos de parâmetros

Porque não é possivel fazer Sobrecarga de Método mudando o tipo de retorno do método em Java?

Se mudarmos o tipo de retorno de métodos sobrecarregados, então isso vai causar comportamento ambíguo. Como os clientes vao saber qual método vai retornar qual tipo? Por isso que não se pode chegar em Sobrecarga de Método por meio de diferentes tipos de retorno.

É permitido sobrecarregar o método main() em Java?

Sim, em Java os usuários podem criar vários métodos com o mesmo nome main. Mas apenas o método *public static void main(String[] args) é usado para execução.

Como se implementa Sobrescrita de Método (Overriding) em Java?

Para sobrescrever um método, precisamos implementar um método com o mesmo nome de outro em uma classe filha. Então haverá no mínimo duas implementações do mesmo método. Uma implementação está na classe pai;mãe e outra na classe filha.

É permitido sobrescrever um método estático (static) em Java?

Não. Java não permite sobrescrita de um método estático. Se você criar um método estático com o mesmo nome em uma classe filha, então vai ser um novo método, não um método sobrescrito.

Porque Java não permite sobrescrita de um método estático?

Para sobrescrever um método, você precisa de uma instância de uma classe. Métodos estáticos não estão associados com nenhuma instância de uma classe. O conceito de sobrescrita não se aplica aqui.

É permitido sobrescrever um método sobrecarregado?

Sim, você pode sobrescrever um método sobrecarregado em Java.

Qual a diferença entre Sobrecarga de Método e Sobrescrita de Método em Java?

As diferenças entre Sobrecarga de Método e Sobrescrita são:

  1. Sobrecarga de Método é Polimorfísmo Estático.
  2. Sobrescrita de Método é Polimorfísmo de Tempo de Execução.

Java permite funções virtuais?

Sim, na verdade, todos métodos de instância em Java já são funções virtuais por padrão. Apenas métodos de classe e métodos de instância privados (privado só é acessível pela classe detentora) não são métodos virtuais em Java.

O que quer dizer tipo de retorno covariante em Java?

Um tipo de retorno covariante é um retorno que pode ser substituído por um tipo mais limitado quando o método é sobrescrito em uma classe filha.

Vamos dizer que uma classe B é filha de uma classe A. Existe um método get() na classe A que retorna uma instância de A, e um método get() na classe B que retorna uma instância de B. A classe B sobrescreve o método get() mas o tipo de retorno é diferente.

Antes do Java 5, qualquer método que sobrescrevesse um método de uma classe pai/mãe teria o mesmo tipo de retorno. De Java 5 adiante, uma classe filha pode sobrescrever um método de uma classe pai/mãe e o método da classe filha pode retornar um objeto que seja filho do objeto retornado pelo método da classe pai/mãe.

Polimorfísmo

O que é Polimorfísmo de Tempo de Execução?

Polimorfísmo de Tempo de Execução ou Polimorfísmo Dinâmico é o polimorfísmo que existe em tempo de execução. No caso de uma sobrescrita de método, não se sabe qual método vai ser chamado em tempo de execução. Com base no tipo de objeto, a JVM vai decidir exatamente qual método deve ser chamado. Então em tempo de compilação não se sabe qual método vai ser chamado em tempo de execução.

É possível chegar ao Polimorfísmo de Tempo de Execução por membros de dados em Java?

Não. Nós precisamos criar Polimorfísmo de Tempo de Execução implementandos métodos em dois níveis de herânça em Java.

Qual a diferença entre Ligação Dinâmica e Ligação Estática (Dynamic/Static Binding)?

Em Ligação Estática as referencias são resolvidas em tempo de compilação. Em Ligação Dinâmica as referencias são resolvidas em tempo de execução.

Exemplo:

Pessoa p = new Pessoa();
p.andar(); // Compilador Java vai resolver essa ligação em tempo de compilação.

public void andar(Object o) {
    ((Pessoa) o).andar(); // isso é Ligação Dinâmica, observe o Casting!
}

O que é uma classe abstrata em Java?

Uma classe abstrata abstract em Java possui um ou mais métodos abstratos. Um método abstrato é declarado apenas em uma classe abstrata e não implementado. Uma classe abstrata tem que ser extendida em Java e seus métodos abstrados devem ser implementados pelas classes que a extende. Também, Java não permite criar novas instâncias de uma classe abstrata.

É permitido marcar um método como abstract mesmo que a classe não seja abstrata?

Não. Na especificação Java, é dito que se existe pelo menos um método abstrato em uma classe, a classe deve ser definida como abstract.

É possível definir um método abstrato como sendo final?

Não. Seria contraditório marcar um método abstrato sendo final. Um método abstrato não pode ser sobrescrito por uma classe filha pois o mesmo deve ser implementado por ela, não fazendo sentido a sua sobrescrita. Dessa forma, um método pode ser abstrato ou final em Java.

O que é uma interface em Java?

Uma interface em Java é o contrato de uma classe. A interface contém os métodos que a classe deve implementar. É um tipo de protocolo. A interface possui as assinaturas dos métodos e as declarações de constantes.

É possível marcar um método de uma interface sendo static?

Sim, de Java 8 para frente podemos definir métodos estáticos e métodos padrões em uma interface. Antes de Java 8 isso não era possível.

Porque uma interface não pode ter métodos definidos como final em Java?

Um método final não pode ser sobrescrito. Mas um método de uma interface tem que ser implementado por outra classe. Dessa forma, um método não pode ser definido como final.

O que é o Marcador de Interface?

Existem interfaces que não possui nenhum membro ou método. Esse tipo de interface é chamado Marcador de Interface. Exemplos: Serializable, Cloneable, Remote etc. Em versões anteriores Java, Marcador de Interface era a unica forma de se declarar metadados sobre uma classe. Por exemplo, o Marcador de Interface Serializable permite ao autor de uma classe dizer que sua classe vai se comportar corretamente quando serializada ou deserializada.

No Java moderno, Marcadores de Interface não possuem mais lugar. Eles podem ser completamente substituidos por Anotações ou Annotations no qual permite uma forma bem flexivel quanto a definição dos metadados de uma classe. Se você tem alguma informação sobre uma classe que é importânte declarar e essa informação não vai ficar mudando, então Annotations é uma forma bem útil para representa-la.

Annotations é melhor que Marcador de Interface?

Annotations servem o propósito de conceber metadados sobre uma classe para seus consumidores sem criar um tipo separado para isso. Annotations é uma forma mais poderosa do que Marcadores de Interface. Annotatins permitem aos programadores a passar mais informações mais sofisticadas para classes que as consome.

Qual a diferença entre uma classe abstrata e uma interface em Java?

  1. Uma classe abstrata pode ter métodos implementados em seu corpo (métodos não abstratos). As interfaces possuem apenas métodos abstratos (assinaturas). De Java 8 adiante, interface pode ter métodos padrões e estáticos implementados.
  2. Uma classe abstrata pode ter variaveis (membros). Uma interface não pode ter variaveis de instância, apenas constantes.
  3. Uma classe abstrata deve ter um construtor. A interface não tem construtor, o construtor deve ser implementado por outra classe.
  4. Uma classe pode extender de apenas uma única classe abstrata enquanto que classes podem implementar mais de uma interface.

Java permite o uso de modificadores private e protected para variaveis em uma interface?

Não. Todas as variaveis em uma interface devem ser implicitamente publicas.

Como podemos fazer o cast de um objeto para uma interface?

Um objeto que implementa uma interface pode ser moldado (ser feito o cast) para a mesma interface. Desde que um objeto que implementa uma interface já provê implementação dos métodos daquela interface, lhe é permitido ser alvo de um cast para essa interface pelas regras de herança.

Cast em Java não é mágica. Você está dizendo ao compilador que um objeto do tipo A é na verdade um tipo mais específico de um tipo B, dai ele ganha acesso a todos os métodos de B que o mesmo não teria se não tivesse feito o Cast. Você não está fazendo nenhum tipo de magia negra quando você faz essa conversão, essencialmente você está dizendo ao compilador “Confie em mim, eu sei o que estou fazendo e eu posso garantir pra você que esse objeto nessa linha é de um tipo X.

Final

Como voce pode mudar o valor de uma variavel final em Java?

Java não permite a alteração de variáveis final. Uma vez que o valor é atribuido, não se pode alterar.

Uma classe pode ser definida como final em Java?

Sim, quando a classe é definida como final em Java, ninguem pode extende-la.

Como podemos criar um método final em Java?

Para marcar um método como final em Java, adicione o modificador para aquele método. Um método final não pode ser sobrescrito por uma classe filha. Você pode proibir a herança de uma classe a definindo como final.

Porque a classe Integer é definida como final em Java?

A classe Integer é um container para int. Se ela não for marcada como final, qualquer outra classe pode extende-la e modificar o comportamento das operações de Integer ou Inteiros. Para evitar tal situação a classe que envolve os inteiros primitivos int é marcada como final.

O que é uma variavel final em branco em Java?

Quando declaramos uma variavel final sem dar a essa variavel algum valor inicial, então é chamada variavel final em branco.

Como podemos inicializar uma variavel final em branco?

  1. Uma instância final em branco pode ser inicializada em um construtor.
  2. Uma variavel final estática pode ser inicializada em um bloco estático de classe.

É permitido decladar o método main como final?

Sim, podemos marcar o método main como final.

Pacotes

Qual o propósito de pacotes em Java?

Um pacote é usado para encapsular um grupo de classes, interfaces e sub-pacotes. Frequentemente é uma estrutura hierarquica de armazenar informação. É mais fácil organizar classes relacionadas e sub-pacotes dessa forma. Um pacote também provê proteção de acesso para classes e interfaces. Um pacote também ajuda a remover a problemática da colisão de nomes.

O que é o pacote java.lang?

Em Java, o pacote java.lang contem as classes que são fundamentais para o design da linguagem de programação Java. A classe mais importante neste pacote é a classe Object. Este pacote também classes que servem o propósito de empacotar tipos primitivos como Integer, Boolean, Character entre outros. Também este pacote provê a classe Math para operações matemáticas.

Quais são as classes mais importântes em Java?

Essa é uma pergunta com várias respostas. Em uma perspectiva, a classe Object é a classe mais importânte para linguagem de programação Java. É a raiz de todas as classes em Java. Ela provê métodos importântes e fundamentais.

É obrigatório importar o pacote java.lang toda vez?

Não. Por padrão a JVM vai carregar este pacote internamente.

Você pode importar o mesmo pacote ou classe duas vezes em sua classe?

Se você importar o mesmo pacote mútiplas vezes em uma classe o compilador vai incluir apenas uma vez. Dessa forma mesmo a JVM quanto o compilador não lhe vai produzir nenhum tipo de erro ou aviso por incluir estes pacotes mútilas vezes. Se você tem duas classes com o mesmo nome, então talvez você sofra de colisão de nome. A JVM carrega (internamente) essa classe apenas uma vez.

O que é uma importação estática em Java?

Importação estática em Java é similar a declaração normal de importação. A importação normal nos permite importar classes de um pacote sem usar qualificador de pacote. A importação estática nos permite importar membros estáticos de uma classe sem usar o qualificador da classe.

Qual a diferença entre import static com.test.Testeclass e import com.test.Testclass?

A primeira importação é estática e a segunda é uma importação normal de uma classe. A primeira nos permite importar membros estáticos de uma classe.

Internacionalização

O que é Locale em Java?

Um objeto Locale em Java representa uma região geográfica, política ou cultural. É usado para operações sensitivas a localização em Java. Locale ajuda no cumprimento de convenções de um páis ou região. Essas convenções podem ser para formatação de datas, dinheiro ou números etc.

Como você pode usar um Locale específico em Java?

Para usar um Locale específico em Java, precisamos carregar este Locale. Podemos usar o método ResourceBundle.getBundle(“Locale.UK”) para carregar o Locale britânico por exemplo.

Serialização

O que é a Serialização?

Serialização é o processo de converter um objeto em um array de bytes. Esse array de bytes representa a classe, versão e o estado interno do objeto. A JVM pode usar esse array de bytes para transmitir ou ler o objeto por uma rede.

Qual o propósito da Serialização?

  1. Comunicação: É utilizada para transmitir um objeto entre duas máquinas em rede.
  2. Persistência: Podemos guardar o estado de um objeto em um banco de dados e recolher depois.
  3. Caching: Serialização pode ser usada para fazer o caching para melhorar a performance. Podemos precisar de 10 minutos para construir um objeto, porém vai levar 10 segundos para desserializar o objeto.
  4. Sincronização entre JVM: Pode usar usado da mesma forma entre JVMs que seguem uma arquitetura diferente.

O que é Desserialização?

Desserialização é o processo de reconstruir o objeto de um estado serializado. É o processo inverso de Serialização.

O que é Serialização e Desserialização conceitualmente?

Serialização é para converter dados Object em um fluxo de bytes. Desserialização é a conversão desse fluxo de bytes de volta para uma copia de um Object original.

Porque marcados um membro como transient?

Variaveis de um objeto são marcados como transient para indicar que esses membros não devem ser serializados. Durante o processo de serialização as variaveis do tipo transient não são consideradas parte do estado persistente de um objeto.

É permitido marcar um método como transient?

Não. Java não vai permitir marcar um método como transient. A palavra-chave transient é valida apenas para variaveis.

Como que marcar um campo como transient torna possivel a serialização de um objeto?

Vamos dizer que uma classe ABC que implementa a interface Serializable mas contem membros de objeto de uma classe XYZ que não implementam a interface Serializable. Devido a este motivo, não é possivel serializar a classe ABC. Para resolver este problema, podemos marcar os membros XYZ como transient na classe ABC. Isso nos vai permitir a serialização de ABC.

O que é a interface Externalizable em Java?

A interface Externalizable extende Serializable em Java. É utilizada para dar controle a classe em salvar e resgatar conteúdo de suas instâncias. A classe implementa os métodos whiteExternal() e readExternal() para guardar e resgatar o objeto.

Qual a diferença entre as interfaces Serializable e Externalizable?

Serializable é um Marcador de Interface equanto Externalizable não é. Quando implementamos a interface Serializable, a classe é serializada automaticamente por padrão. Podemos sobrescrever os métodos whiteObject() e readObject() para controlar mais processos de serialização complexa de objetos.

No caso do Exernalizable, usamos o método readExternal() e writeExternal() para oferecer mais controle para classe visando o processo de serialização.

A interface Serializable é baseada em algoritmo recursivo e lhe da duas opções. Uma é providenciar uma maneira customizada de serialização e a outra a maneira padrão. Em Externalizable você tem que implementar os métodos readExternal() e writeExternal sempre.

Um construtor sem argumentos publico é necessário quando você usa a interface Externalizable.

Em serialização, precisamos definir o serialVersionUID. Se não estiver explicitamente definido, ele sera gerado automaticamente baseado em todos em campos e métodos da classe.

Garbage Collection (Coletor de Lixo)

O que é Garbage Collection em Java?

Java tem um mecanismo chamado Garbage Collection para retomar memória não utilizada em tempo de execução. Garbage Collection também é conhecido como gerência automática de memória.

Porque Java disponibilize o Garbage Collection?

Em Java não se tem ponteiros. Gerência e alocação de memória é feita pela JVM. Desde que a alocação de memória é feita automaticamente, depois de um certo tempo a JVM talves venha ter falta de memória. Quando isso ocorre, a JVM tem que liberar memória de objetos que não estão sendo utilizados. Para ajudar nom processo de recuperação de memória, Java dispõe de um processo automático chamado Garbage Collector.

Qual o propósito do método gc() em Java?

Java fornece dois métodos System.gc() e Runtime.gc() para requisitar a JVM que rode o Garbage Collection. Usando esses métodos, programadores podem explicitamente enviar requisições de Garbage Collection. Mas o processo da JVM pode rejeitar essa requisição e aguardar por um certo tempo antes de rodar o coletor de lixo.

Como o Garbage Collection funciona em Java?

Java tem um processo automático chamado Garbage Collector para gerência de memória. É um daemon na JVM que monitora o uso de memória e faz limpeza da mesma. Uma vez que a JVM está com falta de memória, o processo GC encontra objetos que não estão sendo referenciados em lugar nenhum (inutilizados) e os limpa da memória.

Quando um objeto é elegido para Garbage Collection em Java?

Um objeto pode ser coletado pela JVM por meio do Coletor de Lixo se ele não é acessável. Existem dois casos no qual um objeto pode ser elegido para Garbage Collection:

  1. Uma instância de um objeto não pode ser acessada por uma thread viva.
  2. Um conjunto de instâncias com referências circulares não podem ser alcançadas por nenhuma outra instância fora do conjunto.

Por que utilizamos um método finalize() em Java?

Java disponibiliza o método finalize() para fazer qualquer limpeza antes do Garbage Collection. Esse método está na classe Object e é chamado pela JVM internamente. Desenvolvedores estão livres para implementar esse método para qualquer tipo de limpeza customizada no caso de Garbage Collection.

Se um Object não é coletado pelo Garbage Collector, então esse método não vai ser chamado. Esse método nunca é chamado mais de uma vez pela JVM.

Quais são os diferentes tipos de referências em Java?

Em Java existem quatro tipos de referências:

  1. Forte
  2. Macia
  3. Fraca
  4. Fantasma

Como podemos referênciar um objeto desreferênciado novamente?

Podemos provêr implementação no método finalize() para referênciar e desreferênciar objeto. Para objetos desreferênciados, finalize() vai ser chamado no tempo de Garbage Collection. Nesse tempo, o objeto passa sua referência this para o método finalize() e se revive.

Qual tipo de processo é o thread de Garbage Collection?

Garbage Collection é um processo do tipo Daemon (Daemon é tipo de processo que fica rodando no background e que lida com requisições para serviços como spooling de impressão e transferência de arquivos, ele dorme quando não está sendo requisitado) dentro da JVM. É um processo interno que fica verificando o uso de memória e que a limpa quando necessário.

Qual o propósito da classe Runtime?

O propósito da classe Runtime é disponibilizar acesso para o sistema de tempo de execução em Java. Essa classe disponibiliza métodos importântes como:

  1. Runtime.freeMemory() - esse método retornar o valor livre de memória na JVM.
  2. Runtime.maxMemory() - esse método retorna o valor livre máximo de memória que a JVM pode utilizar.
  3. Runtime.gc() - Esse método pode ser chamado para invocar o Garbage Colleciton.

Como podemos invocar um processo externo em Java?

Java disponibiliza o método Runtime.getRuntime().exec() para invocar um processo externo da JVM.

Quais são os usos da classe Runtime?

  1. Lhe permite ler dados dos teclado
  2. Lhe permite usar propriedades do sistema e variáveis de ambiente
  3. Lhe ajuda a rodar programas que não são Java dentro de uma aplicação Java

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